China: pesadelo ou oportunidade?
Competir contra um mercado que inunda o planeta com produtos bons e baratos parece um pesadelo, mas oferece uma oportunidade única
BRANDINGMARCANEGÓCIOS
André Ito
10/14/20242 min read
"Fala André, bom ver vc por aqui! Então, nesse caso eu normalmente busco mais uma solução na estratégia de negócio do que na de marca. Ou seja, "onde ainda conseguimos preservar vantagem competitiva em relação a China?" Isso depende muito do mercado do cliente. China é péssima em atendimento, relacionamento, suporte, manutenção, personalização, velocidade, por duas razões óbvias: distância e idioma. Em alguns mercados, a pressão chinesa é menor por não conseguir entregar esses elementos. O mercado de carro é um exemplo. Então, a solução quando a empresa perdeu o timing e o mercado já ta inundado de marcas chinesas, é tentar amplificar o nível de serviço (quando há valor no mercado) paralelamente ao reforço mais forte da marca."
Essa foi a resposta do Thales Duarte para uma pergunta que eu fiz pra ele no YT (assista aqui).
Imagine ter um negócio em um mercado inundado de concorrentes, com uma burocracia gigantesca, alta carga tributária e a instabilidade econômica tão comum em nosso país.
Empreender nesse cenário não parece ser a melhor das ideias, correto?
Correto.
E pra piorar, você tem que concorrer com os produtos chineses.
Há um tempo atrás, eles não preocupavam tanto, porque existia a desconfiança sobre a qualidade, a demora na entrega e os sites não tinham tradução e eram pouco intuitivos.
Hoje, não existem mais dúvidas sobre a qualidade dos produtos chineses (afinal de contas, tudo é fabricado na China, desde uma capinha de celular até uma vacina), a entrega pode ser mais rápida que a de uma compra feita nacionalmente e os sites atualmente têm tradução para o português. Pra piorar, os marketplaces possuem operação dentro do Brasil, agilizando o pagamento, logística do produto e aumentando a confiança do consumidor.
Ainda tem a questão do preço.
Vamos lembrar que muitos lojistas compram exatamente desses sites para vender nos seus pontos físicos. Ou seja, você disputa o cliente com o seu próprio fornecedor.
DIANTE DESSE CENÁRIO, O QUE FAZER?
O primeiro parágrafo do texto responde parte da pergunta.
Logo de início, adicione uma prestação de serviço se você vende um produto, ou seja, preste um bom atendimento, dê um bom suporte e se possível, faça uma personalização na entrega do produto, seja através de uma sacola diferenciada, de uma embalagem, ou ofereça algum cupom de desconto para uma próxima compra. Seja rápido em suas respostas nas redes sociais ou no SAC. Se aparecer um problema, resolva prontamente. Faça aquilo que está fora do alcance da China.
E quanto à marca, ela também deve ser construída logo a partir do primeiro dia, mas todos sabemos que leva tempo. Eu poderia muito bem dizer para você investir em projeto de Branding ou em uma identidade visual, seria muito conveniente pra mim, mas eu conheço a realidade e sei que no meio de tanta burocracias, taxas e pendências, é praticamente impossível pensar em construir marca. Mas isso não é desculpa para você não colocar no seu horizonte de objetivos.
Enxergue toda essa dificuldade como uma oportunidade de fazer algo diferente. É muito difícil encontrar empresas que trabalham de forma séria e eficiente, principalmente as pequenas. A maioria se preocupa em vender e negligencia o resto. E a partir do momento que o seu negócio estiver estruturado e operando com fluidez, será o momento em que você começará a pensar em construir sua marca.
Se você quer começar a construir a sua marca, entre em contato comigo.
Será um prazer fazer parte dessa história!