O grande problema

O ponto central do seu negócio não é o seu produto, ao contrário do que você pensa

BRANDINGMARCANEGÓCIOS

André Ito

10/14/20242 min read

Trabalhei por mais de 18 anos no setor gráfico, e durante todo esse tempo, o perfil de clientes que eu atendia era sempre o mesmo: pequenos empresários, seja por opção, seja por obrigação. Em 18 anos, esse perfil nunca mudou. Inclusive, eu era um deles. Foram quase duas décadas vendo empresas abrindo e anos depois fechando. Ou nem duravam um ano sequer. E o que eu achava mais estranho é que nem sempre o que fechava as portas era o que tinha o pior produto. Essa dinâmica sempre me deixou confuso e eu só fui entender mais ou menos quando eu entrei na faculdade de Publicidade. Hoje, como profissional de marcas, isso é bem mais nítido e óbvio pra mim.

A verdade por trás dessa dinâmica —e isso pode ser um balde de água fria em você— é que não basta ter um bom produto para ser bem sucedido. Primeiro porque as barreiras são baixíssimas e isso não impede que um concorrente também tenha um bom produto (pense na facilidade de importar roupas fitness da China e colocar a própria marca). Segundo, que se bom produto fosse sinônimo de sucesso, quase nenhuma empresa fracassaria. Terceiro, o que pode ser qualidade pra um, pode não ser para outro. E quarto, seu cliente talvez não tenha noção do que realmente significa qualidade.

Ao se dividir entre resolver questões burocráticas e melhorar o seu produto, o dono do negócio acaba negligenciando o seu ativo mais importante: a MARCA. E antes que você me questione em qual fase da jornada ele deve focar em construir marca, eu já te respondo que é em todas. Construir marca é uma constante, deve ser feita no dia a dia, antes e durante.

E por que construir marca?
Todo processo de escolha é emocional, sem exceção. Escolhemos desde as nossas calças até os nossos relacionamentos baseado em nossas emoções. Logo, se você faz escolhas emocionais, por que você tenta vender de forma racional?

Entenda que o ser humano é movido por simbologia, por significado, e isso cria a necessidade de pertencimento. O ser humano precisa pertencer a uma tribo, precisa fazer parte de um grupo, ele tem a necessidade de expressar a sua personalidade através dos ícones que ele carrega em seu corpo. Isso explica porque algumas pessoas acham caro pagar 50 reais em uma camiseta de treino sem estampa nenhuma mas não acham caro pagar 150 reais em uma que tem a estampa da Nike. Isso explica também porque uma pessoa não abandona o seu time mesmo ele caindo para divisões inferiores ou vivendo um jejum de títulos, enquanto um time rival empilha taças (sim, estou falando do meu pobre Santos FC).

Enxergamos o mundo através da lente de nossas emoções, é por isso que um mundo lógico e racional parece tão chato.

Então, o que você está esperando para trazer significado para o seu negócio?
O que impede você de construir algo que faça as pessoas sentirem vontade de fazerem parte?

Entenda que construir marca é uma tarefa árdua, mas a alternativa à ela é fechar as portas.



Se você quer começar a construir a sua marca, entre em contato comigo.
Será um prazer fazer parte dessa história!